18 de abr. de 2011

Bebês Gêmeos Tagarelas


É no mínimo desconcertante assistir o vídeo em que dois bebês gêmeos com menos de 17 meses de idade conversam e gesticulam como se estivessem estabelecendo uma comunicação inteligível entre eles. O vídeo em questão vem fazendo tanto sucesso que ja possui mais de 9 milhões de visualizações.

Os bebês tem sido muito estudados por psicólogos do desenvolvimento mas também por psicólogos evolucionistas e cognitivos, que hoje em dia se sobrepõem muitas vezes no estudo do ser humano visto que seus conhecimentos têm sido fundamentalmente complementares.

Quando os bebês crescem e se tornam crianças, podemos observar outras tendências naturais. Os estudos da psicóloga cognitiva Deborah Kelemen, comentados em texto anterior aqui no blog, indicam que as crianças são teístas intuitivas (Kelemen, 2004), ou seja, que tendem a endorsar explicações sobre o mundo em termos de propósito e de intencionalidade. Bloom e Weisberg (2007) relatam que crianças possuem uma tendência natural de entender a relação entre mente e cérebro como dualista, ou seja, como duas coisas fundamentalmente diferentes e desconectadas.

Todas estas tendências que vários estudos vem apontando são indicados por Bloom e Weisberg como possíveis origens da resistência à ciência. Talvez estas tendências nos ajudem à entender o negacionismo do conhecimento científico relatado por Paul Nurse no documentário Science Under Attack.

A pergunta que fica é se os bebês podem desenvolver até mesmo formas de comunicação rudimentar tão cedo. Vejam o vídeo dos gêmeos abaixo para pensar um pouco sobre o assunto:



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