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22 de dez. de 2011

O carro mais rápido do mundo

O carro mais rápido do mundo
O mais caro atualmente, mais potente, mais rápido é o Bugatti EB Veyron, de motor 16.4 de cilindros em W, nos radiadores cabem 40 litros de água (em um carro comum cabem 2l.) e o consumo é de 5 litros por km (consome 5 litros de gasolina a cada 1 km).



A velocidade máxima é de 404 km/h e faz de 0-100 em 2 segundos e meio.



A potencia é de 1001 cavalos. Existem no mundo apenas 16 dessas raridades.



Se quiser ter um, vai ter que dispender cerca de 3 milhoes de reais, é hoje o mais caro do mundo, e ter uma fortuna para colocar combustivel.



Você não vai conseguir andar com um desses aqui, pela sede de velocidade, só de primeira marcha vai a 125 km/h aproximadamente, quer dizer, não vai precisar de trocar as marchas na cidade...

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Os Menores Carros do Mundo

Os Menores Carros do Mundo


Peel P50 e Peel Trident são os menores carros produzidos no mundo.



Fabricados nos anos 60, estes micro-carros de 3 rodas são vendidos por £199 (R$289), e podem chegar a 65 km/h.




Peel P50 no programa Top Gear


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Cronologia do Automóvel no Mundo

Cronologia do Automóvel no Mundo

Antes mesmo de começarmos a falar de Automóvel e do seu conceito dele que conhecemos hoje em dia, ou seja, “veículo com motor quatro tempos movido a combustão interna”, iremos citar alguns pontos importantes que aconteceram antes mesmo de sua concepção e que de certo modo ajudaram na construção e evolução deste “mito” chamado AUTOMÓVEL, que acabou se tornando um dos objetos de consumo mais queridos e cobiçados do mundo.
Citaremos apenas alguns passos e as principais mudanças ocorridas durante o decorrer do tempo, dando ênfase apenas à história dos automóveis pequenos, ou seja, de passeio.

1758 - Entra em funcionamento a 1° ferrovia do mundo em Leeds Inglaterra, consequentemente com o 1° veículo movido à tração “não animal”, as locomotivas à vapor.

1770 - O engenheiro francês Nicolas Joseph Cugnot, coloca em circulação nas ruas de Paris na França o 1°automóvel do mundo movido à vapor, pesando 5 toneladas ele movia-se à espantosa velocidade de 3 km por hora.

1862 - O Belga Etienne Lenoir constrói um carro cujo motor funcionava à gás, ele dirigiu-o de Paris a Joinville (França) num trajeto de 2 km. Tinha potencia de 1 CV e o seu projeto atraiu os engenheiros da época que passaram a aperfeiçoa-lo.

1876 - O Alemão Nikolaus August Otto patenteia o motor de quatro tempos (principio que vale até hoje), mas sua patente dura apenas alguns anos, pois Gottlieb Daimler e Karl Benz quebram essa patente e a nova tecnologia se torna de domínio publico, faltava apenas “nomear” a novidade.

A origem do nome “AUTOMÓVEL”

Muitos foram os nomes que surgiram no final do Séc. XVII para nomear a novidade, alguns deles foram:

Motovique;
Autocinético;

Para Henry Ford em 1896, o seu 1° protótipo se chamava “Quadriciclo”;
Para os Irmãos Duryea, americanos que fabricaram o 1° carro da América em 1893, chamam-no de “Vagão Motor”;
Mas foram os franceses que o batizaram de “AUTOMOBILE”, palavra italiana quase esquecida e que foi muito usada no Séc. XV.

1886 - Enfim Karl Benz encontra o combustível derivado do petróleo definitivo para o automóvel, a gasolina, apesar de Gottlieb Daimler também estar pesquisando o assunto simultaneamente, foi Benz que o conseguiu primeiro, colocando em exposição ao público em 1886 o 1° automóvel do mundo, o seu triciclo a motor.


O 1° automóvel do mundo,
o triciclo motorizado de Karl Benz.


1888 - A esposa de Karl Benz, Berta, se torna a 1° motorista do mundo ao dirigir a invenção do marido por 99 km entre Mannhein e Pforzhein na Alemanha.

1891 - Os franceses Panhard e Levassor constroem o 1° carro com motor na frente (os anteriores tinham o motor embaixo). Logo alemães e franceses auxiliam-se mutuamente para o desenvolvimento do automóvel, tanto que o 1° carro a rodar no Brasil em 1893 foi um carro francês, o Peugeot Type 3, com motor alemão da Daimler.
Simultaneamente os irmãos americanos Duryea em 1893 e Henry Ford em 1896 também trabalhavam para a evolução do automóvel, que embora sendo um projeto inovador, só foi cair no gosto da população no início do Séc. XX.


Panhard e Levassor.


O Primeiro Automóvel “Popular”

O primeiro carro como vimos nasceu na Alemanha, foi aperfeiçoado na França, mas já era fabricado nos Estados Unidos. O primeiro carro americano, o Duryea surgiu em 1893, E é nos Estados Unidos que teríamos o segundo grande passo para a popularização e evolução definitiva do automóvel, graças ao pioneirismo de Henry Ford.

Henry Ford - Nasceu nos Estados Unidos em 1863, desde cedo se interessou por mecânica, em 1896 fabricou seu primeiro automóvel, cinco anos depois bateu o recorde mundial de velocidade com seu modelo 999. Em 1903, funda sua empresa, a Ford Motors Company, já defendendo a idéia de que produzindo grande quantidade de automóveis de baixo preço e pouco luxo, obteria maior lucro. Assim, lançou o modelo "T", rústico e barato, que logo conseguiu um grande número de vendas, alcançando a marca de 16 milhões de unidades vendidas nos 25 anos em que foram produzidos, transformando Henry Ford no proprietário de um dos maiores impérios industriais e econômicos de sua época. O seu conceito inovador, de produção de veículos em série, logo se estendeu para outros segmentos industriais, fazendo surgir as linhas de montagem, e toda uma revolução nos métodos e conceitos de fabricação da época. Segundo dados biográficos, Ford era uma pessoa extremamente dominadora e contraditória, veja alguns exemplos: Pagava aos seus funcionários os maiores salários da época, ao mesmo tempo lutava contra a sindicalização dos mesmos. Era um pacifista, mas montou a maior fábrica de armamentos do mundo durante a guerra. Financiou tanto a construção de um moderno Hospital, como a publicação de um jornal especializado em artigos anti-semitas. Com todas as idéias progressistas, levou sua empresa a uma grande crise financeira, pois relutava em substituir o "velho modelo T" já bastante ultrapassado (só em 1927, reaparelhou a fábrica e lançou o modelo "A"). Faleceu em 1947, aos 83 anos de idade.


Henry Ford e o seuModelo T,
pioneiro na produção em série.

1900 – Até meados da década de 1900 o design dos automóveis se assemelhava em muito com os das carruagens, sendo que os primeiros automóveis concebidos no final do Séc. XIX eram de fato, carruagens motorizadas.


Franklin - E Roadster 1905

Anos 10 e 20 - Com relação a design e inovações tecnológicas, pouca coisa mudou no automóvel durante as décadas de 10 e 20. O Ford Modelo T que começou a ser fabricado em 1908 foi o carro que pôs o mundo sobre rodas, sua linha de montagem revolucionou a manufatura em 1913 e vendeu mais de 15 milhões de unidades até 26 de maio de 1927. Henry Ford o chamava de “carro universal”, um veículo confiável e de baixo custo que podia ser mantido facilmente e rodava com sucesso pelas estradas precárias da época.


O Ford Modelo T

Anos 30 – Até meados da década de 30 pouca coisa havia mudado nos automóveis, a grande mudança com relação a inovações no design e estilo aconteceu somente em 1934 com o lançamento pela Chrysler do modelo Airflow, porém a tentativa da Chrysler não foi muito bem aceita pelo mercado sendo que em 1937 a empresa quase entra em falência por ter assumido tamanha ousadia. A aerodinâmica, principalmente nos EUA não era vista com bons olhos pelos grandes executivos, ainda fascinados pela simplicidade da produção em massa.
Com o lançamento deste modelo da Chrysler, o público pode apreciar o novo estilo que começava a despontar apenas em pequenos fabricantes independentes ou designers europeus mais descolados que já se aventuravam por este campo apenas com o intuito de exercitar o seu estilo.
Mas foi no ano de 1936 quando a Ford lança o novos Lincoln, que o mercado recebe de vez os tais novos conceitos, “a era dos Stramliners”, ou seja, um novo conceito estilístico e aerodinâmico.


Chrysler Airflow 1934, pioneiro da era dos Stramliners.


Ford 1937, “o início” da mudança estética dos automóveis nos anos 30.

Anos 40 - A década de 40 ficou marcada pela 2° Guerra Mundial, e neste período pouco se construiu ou inovou no mundo. Foi apenas no final da década, em 1947 que os fabricantes americanos começaram a apresentar os seus “novos” automóveis da Linha 1949, pois até então eles ainda eram fabricados baseados em modelos 1942 com apenas alguns pequenos retoques cosméticos.
Modelos como Ford Custom e Tudor e Chevrolet BelAir e Cadillacs , são grandes símbolos desta época que marcou o início de uma das décadas mais criativas da indústria automobilística do mundo, os anos 50.


Mercury 1946, com motor V-8, pouca mudança no visual.


Ford e Cadillac 1949, o começo de mais uma mudança de estilo dos automóveis.

Anos 50 - Os anos 50 começam com uma boa disputa entre as grandes montadoras para conquistar o mercado que estava ávido por novos carros após o período pós-guerra. Afinal foram os Estados Unidos quem mais ganharam com a 2° Guerra Mundial e o seu final, onde saíram incólumes e mais ricos do que nunca desta guerra, emergindo como a nação mais rica e poderosa do planeta após o conflito que devastou toda a Europa.


Cadilac

Buick, Oldsmobile, Crysler, Plymouth, Dodge entre outras marcas e claro Ford e Chevrolet lançam seus novos modelos sendo que um grande exemplo desta época é o Chevrolet Bel-Air que começou a ser comercializado em 1949 e foi um campeão de vendas em todo o mundo. Seu desenho lembrava um Cadilac um pouco menor e fazia com que o comprador de um carro popular, produzido aos milhares, tivesse a idéia que ele estava comprando um produto exclusivo, como eram os extremamente luxuosos e caros Cadilacs.
Os Fleetline, variação dos Bel-Air, que no Brasil foi apelidado de “sedanete”, eram equipados com a lendária transmissão “Power Glide” de duas marchas, que nada mais foi do que a primeira transmissão automática dos Estados Unidos.


Propaganda de época do Chevrolet 1951.

Enfim, os anos 50 são considerados a época do consumo, e onde o “American Way of Life” atingiu o seu apogeu, isso fez com que o público consumidor exigisse sempre novidades, tanto que o que era novo hoje já era considerado velho amanhã, fazendo com que os fabricantes revissem seus produtos sempre. A própria Linha Bel-Air, campeã de vendas, passou logo por mudanças para continuar a atrair o público sendo que em 1953-54 saíram os novos modelos que acabaram servindo de base para o outro sucesso de vendas, os Chevy 55,56 e 57.


Chevrolet Bel-Air 1957

Anos 60 - Foram marcados mais uma vez pela mudança estética que ocorreu aos automóveis no início da década, onde os carros passam a ter linhas mais limpas e retas tendo como exemplo os Chevrolet Impala 1962 que continuavam grandes, porém com linhas mais retas nem sua carroceria.


Chevrolet Impala 1962 e suas linhas retas.

No final da década surgiram também os grandes esportivos, Mustangs, Corvettes, Camaros, Pontiacs entre outros que fizeram a cabeça do público, principalmente entre os jovens da época.


O clássico Mustang 1967

Anos 70 – Com a crise do Petróleo em 1973 onde os preços do barril de petróleo atingiram valores altíssimos, chegando a aumentar até 400% em cinco meses (17/10/1973 – 18/3/1974) acarretando consequentemente o aumento da gasolina, e que provocou grande recessão nos Estados Unidos e na Europa desestabilizando a economia ao redor do mundo, fez com que todos revissem o gosto por “motorzões”, porém nos Estados Unidos no inicio da década ainda reinava absoluto os carros com motor V8. O Cadilac Eldorado 1973 é um bom exemplo desta época.


Cadilac Eldorado 1973

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Cronologia do Automóvel no Brasil

Cronologia do Automóvel no Brasil

Tudo leva a crer segundo alguns historiadores, que a História dos Automóveis no Brasil começa em 1893, com o desembarque no porto de Santos de um automóvel Peugeot Type 3, importado pela Família Santos Dumont, isso mesmo, pela família de Alberto Santos Dumont, o inventor do avião.
Porém o automóvel no Brasil não emplacou logo, pois o 2° automóvel só chegou a São Paulo em 1898, encomendado pela Família Tobias de Aguiar, descendentes do fundador da Polícia Militar Paulista, o Brigadeiro Raphael Tobias de Aguiar.
No Rio de Janeiro, Capital do Brasil na época, o automóvel chegou apenas em 1897, adquirido pelo farmacêutico e jornalista José do Patrocínio.

1893 - Desembarca no porto de Santos o 1° automóvel do Brasil, importado pela Família Santos Dumont, era um automóvel Peugeot Type 3.

1900 - Em São Paulo, o então prefeito Antônio Prado instituiu leis regulamentando o uso do automóvel na cidade, já instituindo uma taxa para esse veículo, assim como era feito com os outros meios de transportes. Henrique Santos Dumont, o pioneiro solicitou ao prefeito, isenção do pagamento da recém instituída taxa alegando o mau estado das ruas. Houve muito bate boca entre os dois e a Prefeitura cassa a sua licença, e também a cobiçada placa "P-1", que acabou parando no carro de Francisco Matarazzo.
Em 1903, tínhamos em São Paulo seis automóveis circulando pela cidade, e a prefeitura tornou obrigatória a inspeção dos veículos, para fornecer uma placa de identificação, que seria obrigatoriamente afixada na parte traseira do "carro". Veja que o prefeito pensava longe, até a velocidade para o veículo já dispunha de regulamentação: ..."Nos lugares estreitos ou onde haja acumulação de pessoas, a velocidade será de um homem a passo. Em nenhum caso a velocidade poderá ultrapassar a 30 Km por hora"
Em 1904, criou-se o exame para motoristas, sendo a primeira carta de habilitação em São Paulo entregue a Menotti Falchi, dono da Fábrica de Chocolates Falchi. Em 1904, São Paulo já tinha 83 veículos. No início, os automóveis era privilégio de uma pequena elite, e causava um inconveniente que acabou gerando uma nova profissão: o "chauffer", palavra importada assim como os primeiros motoristas particulares, era um emprego muito bem remunerado e garantia um excelente tratamento aos seus ocupantes.

1919 - Desembarcava em São Paulo a Ford Motors Company, instalando-se primeiramente num armazém alugado na Rua Florêncio de Abreu, o primeiro projeto era a montagem do famoso modelo T, aqui carinhosamente apelidado de "Ford Bigode", e já no ano seguinte eram montados os primeiros caminhões, obrigando a empresa a procurar um local maior, muda-se então para a Praça da República, num local onde mais tarde funcionaria o Cine República. Em 1922, transfere-se para o Bom Retiro, ficando até 1953, quando se instalou no Ipiranga. Atualmente sua unidade principal, localiza-se no Bairro do Taboão em São Bernardo do Campo (cidade considerada a Detroit brasileira).


Vista da 1° fábrica Ford no Brasil em 1919.

1925 - Chega ao Brasil a General Motors, instalando-se primeiramente num armazém arrendado na Avenida Presidente Wilson, no bairro do Ipiranga São Paulo. Logo de inicio tinha capacidade para montar 25 carros por dia, com grande sucesso as vendas ao término desse mesmo ano, a empresa contabilizava 5.597 veículos vendidos, obrigando a fábrica a aumentar a produção diária para 40 veículos.
Em 1930 a G.M muda para um terreno de 45.000 metros quadrados em São Caetano do Sul - São Paulo, onde permanece até hoje.


1° Automóvel Chevrolet montado no Brasil em 1925.


Marco Histórico, já em 1927
a G.M comemora o seu 25.000 “Chevrolet Brasileiro”.

1950 - Importados pela empresa Brasmotor, chega ao Brasil as primeiras 30 unidades do Fusca (na época, chamado simplesmente de Volkswagen) e algumas Kombis. Visto com certa desconfiança no início, o Fusca logo caiu no gosto do consumidor brasileiro, se tornando em pouco tempo um dos maiores sucesso de vendas do Brasil.


Desembarque dos primeiros automóveis
Volkswagen no Brasil em 1950.

1953 - Aos 23 de março, a Volkswagen inaugura a sua filial brasileira, e como suas concorrentes Ford e G.M, apenas monta os seus veículos, o Fusca e a Kombi, que chegavam ao Brasil desmontados em caixas no sistema C.K.D. Em novembro de 1957 estavam prontas suas instalações no município paulista de São Bernardo do Campo. Com a produção média de oito unidades por dia.


Galpão onde eram montados os primeiros Volkswagen no Brasil

A Nacionalização e formação de uma Indústria Automobilística no Brasil


O primeiro grande impulso para a "Nacionalização e formação de uma Indústria Automobilística no Brasil" foi com o então presidente Getúlio Vargas, á partir de um documento da Subcomissão de Jipes, Tratores, Caminhões e Automóveis, estabelece que os veículos só poderiam entrar no Brasil totalmente desmontados, e sem componentes que já fossem fabricados por aqui. Aí chegamos ao Governo de Juscelino Kubitscheck, com a promessa de realizar “50 anos em 5", delega ao Almirante Lucio Martins Meira (nomeado Ministro da Viação e Obras Públicas) a missão de comandar o "Grupo Executivo da Indústria Automobilística"(GEIA), que estabelece metas e regras para a definitiva "instalação de uma indústria automobilística no Brasil.
O Grupo Executivo da Indústria Automobilística – GEIA –foi criado pelo Decreto 39.412, de 16/06/1956. Esta data é considerada quase unanimemente como o 1º marco histórico da indústria automobilística no Brasil, porque o GEIA realmente viabilizou os esforços, os planos e as iniciativas referentes ao parque automobilístico nacional.
Através do GEIA eram oferecidos estímulos fiscais e cambiais às empresas interessadas, que deveriam se comprometer com a nacionalização dos veículos aqui fabricados. Os caminhões deveriam ter 90% de seu peso total, em componentes nacionais, e os automóveis 95%. Em pouco tempo estas metas foram cumpridas e até superadas.

Na fase de implantação da indústria automobilística nacional, o GEIA recebeu mais de vinte projetos, dos quais apenas dezessete tiveram aprovação e somente doze foram concretizados:

Fábrica Nacional de Motores F.N.M. (caminhões, ônibus e automóveis);
Ford Motor do Brasil S/A (caminhões, automóveis, utilitários e tratores);
General Motors do Brasil S/A (caminhões e automóveis);
International Harvester S/A (caminhões);
Mercedes Benz do Brasil S/A (caminhões e ônibus);
Scania Vabis do Brasil (caminhões e ônibus);
Simca do Brasil (automóveis e camionetas);
Toyota do Brasil S/A (utilitários);
Vemag S/A (automóveis, camionetas e utilitários);
Volkswagen do Brasil S/A (camionetas, furgões e automóveis);
Willys Overland do Brasil (utilitários, camionetas e automóveis) e
Karmann Ghia do Brasil (carrocerias de automóveis).

Embora no final de 1956 tenham sido fabricados alguns veículos, a produção efetiva iniciou-se em 1957. Os dados estatísticos omitem a produção de 1956, computando-a no ano seguinte.

1956 - Saía às ruas o primeiro automóvel fabricado no Brasil, com um índice de nacionalização relativamente elevado: tratava-se da perua DKW. Mas, antes dela, deve-se mencionar o aparecimento da Romi-Isetta, chamado carro-bolha, fabricado pelas Indústrias Romi de Tornos por um breve período.


Linha de produção da Romi-Isetta (1956)


Perua D.K.W (1956)

1957 - A Volkswagen inicia a produção do 1° carro da marca em solo brasileiro, a Kombi. Antes, tanto a Kombi quanto o Fusca era somente montados aqui. Seu nome deriva de “combinado”, isto é, veículo que combina transporte de passageiros e carga. Tinha grande capacidade interna de carga (810 kg, mais tarde elevada, de acordo com os aumentos de potência de seu motor), pequena distância entre eixos, duas amplas portas laterais e uma porta traseira que dava acesso a uma espécie de porta-malas sobre a plataforma do motor.


A Kombi foi o 1° automóvel VW a ser fabricado no Brasil em 1957.

Enquanto isso a Ford lança o seu primeiro caminhão genuinamente “Brasileiro”, o F-600 também em 1957, sendo que logo depois a montadora americana dava início a produção da caminhoneta F- 100, e junto inaugurava o segmento de picapes no Brasil.


Primeiro caminhão Ford dentro do
Plano de Nacionalização (1957).


F- 100, pioneira no segmento das
picapes no Brasil.

1959 - O automóvel nacional tornou-se uma realidade palpável: ele era visto nas ruas e nas estradas, estava nas concessionárias, podia ser adquirido, até mesmo financiado. Neste ano surgiram a perua DKW de linhas renovadas, o sedan DKW, o primeiro Volkswagen 1200, o Simca Chambord, a e o Renault Dauphine. A Simca marca francesa lança o seu Simca Chambord, ele é o pioneiro como fenômeno de marketing no setor automobilístico brasileiro, pois ganha popularidade ao aparecer no 1° seriado da T.V brasileira, o Vigilante Rodoviário. Já a V.W no dia 03/01/1959 lança finalmente o “Fusca” brasileiro, com índice de nacionalização de 54%, era considerado um legítimo automóvel brasileiro. Equipado com motor 1.200 cc em pouco tempo passa a ser o campeão de vendas no Brasil.


Propaganda de 1959 anunciando a
chegada do “Sedan 1200”.

Outros automóveis lançados em 1959;

O Renaut Dauphini

1960 - Nasce o 1° Salão do Automóvel do Brasil, no parque do Ibirapuera em São Paulo, na época no Brasil rodavam 200 mil carros, a Feira vira um sucesso tornando-se a maior do setor.


1° Salão do Automóvel em 1960 no Ibirapuera, São Paulo.

1964 - A Chevrolet lança o C- 1416, que mais tarde passaria a se chamar Veraneio, esse utilitário viria a se tornar o predileto dos policiais, e transformando-se em um símbolo da repressão dos anos 70 onde ganhou o apelido de “camburão”.


C- 1416(Veraneio) em 1964

1966 - O Itamaraty é o primeiro carro de passeio a oferecer o equipamento como opcional no Brasil, um país tropical o ar-condicionado é recebido de braços abertos e de janelas fechadas.


O Itamaraty 1966

1967 - A Ford lança o 1° “carrão” nacional, o Galaxie, ele é considerado o lançamento mais importante do ano. O seu tamanho e o acabamento luxuoso fazem os brasileiros acreditarem que vivem no 1° mundo.


Galaxie, o 1° “carrão” nacional.

1968 - Enquanto a Ford lança o seu “carro jovem”, o Corcel, um carro silencioso, econômico e confortável, que logo cai no gosto do povo, a Chevrolet lança o Opala, com opção de motores de quatro ou seis cilindros, acaba ganhando o apelido de “Opalão” que carregaria até o fim de sua produção em 1992.


Corcel 1968


Linha Opala 1974

1970 - A americana Crysler que havia assumido o controle da Simca no final de 1966, somente em 1970 lança o seu modelo, o Dart, com motor V8, o modelo traz grande avanço no quesito segurança e logo viriam as versões Charger RT e o compacto Polara.


Dodge Dart 1970


Dodge Polara 1980

1973 - Com o intuito de enfrentar o Fusca e o Corcel, a G.M. lança o Chevette, o pequeno carro de linhas modernas e tração traseira cai nas graças do povo e se mantém no mercado durante duas décadas. No mesmo ano de 1973 e após quatro anos que foi lançado no E.U.A a Ford lança o Maverick, a versão G.T, com motor V8 transforma-se no grande sonho de consumo dos adolescentes da época.


Propaganda da época
do Lançamento do Chevette.


Maverick GT 1973 ícone dos adolescentes da época.

1974 - Com suas linhas modernas o Passat passa a ser apontado nas ruas como “o carro mais moderno do Brasil”, status que conservaria por quase uma década.


1976 - A Fiat se instala no Brasil e o seu modelo de lançamento é o Fiat 147, no começo os brasileiros olhavam com certa desconfiança para o carrinho que tinha o “motorzinho de 1050 cm3”. Em 1979, ele é o primeiro carro de série movido a álcool.

1980 - A Volkswagen lança o Gol, o carro tinha a responsabilidade de substituir ao longo dos tempos o Fusca e a Brasília, campeões de vendas da VW, e o Gol acaba dando conta do recado, no ano 2001 vinte e um anos depois do seu lançamento o Gol supera o Fusca em uma ultrapassagem histórica e se torna o carro m,ais vendido na história do Brasil. Até então o Fusca havia vendido 3,5 milhões de unidades.


1990 - Após quatro décadas de restrições, o governo Collor incentiva a volta dos importados reduzindo os impostos, caem as barreiras alfandegárias e o Brasil é literalmente tomado pelos importados, já que nosso ex-presidente achava os nossos carros nacionais verdadeiras "carroças", essa quebra de barreiras, fez com que a indústria brasileira acordasse de um sono letárgico de anos de protecionismo e renova suas linhas, oferecendo lançamentos quase simultâneos de seus produtos mundiais. Neste embalo a fábrica russa LADA começa a exportar seus carros para o Brasil, de modernidade questionável, o modelo Lada marca o retorno em grande escala dos importados ao Brasil. No mesmo ano o governo ainda alegra a indústria automobilística nacional reduzindo o IPI dos modelos com até 1.0 litros e criando o carro popular. O Uno é o primeiro a emplacar, impulsionando o crescimento da Fiat no país, alguns anos após todas as montadoras acabam seguindo a Fiat e lançam os seu modelos populares, a G.M com o Corsa, e a VW com o Gol 1000 são alguns exemplos.

1991 - Mais que um objeto de desejo, o BMW 325 vira um símbolo de status e de bela saúde financeira, reina absoluto entre os mais altos escalões da sociedade brasileira e dá início a virada da nossa indústria automobilística incentivando assim as montadoras a voltarem a investir também em carros grandes e luxuosos.
O Tempra em 1991 com o motor com quatro válvulas por cilindro (16 v), e o Vectra em 1994 são alguns exemplos da “modernidade” que enfim acabava de chegar ao Brasil.




Tempra e Vectra, ícones de sua geração.

Carros nacionais de 1956 à 1979

1956 - Romi-Isetta
1956 - Perua DKW-Vemag
1957 - Kombi - Volkswagen
1957 - Ford F-600 - Ford
1957 - Jeep Willys
1958 - Chevrolet Brasil 3100 - Chevrolet
1958 - Rural Willys
1959 - Fusca - Volkswagen
1959 - Simca Chambord
1960 - Aero Willys
1960 - FNM 2000 JK
1961 - Willys Interlagos
1962 - Karmann Ghia - Volkswagen
1962 - Renault-Willys Gordini
1964 - Chevrolet Veraneio – Chevrolet Pick Up
1964 - GT Malzoni - Lumimari/Puma
1965 - Brasinca GT 4200 Uirapuru
1966 - Puma GT - Puma
1966 - Willys Itamaraty
1967 - Galaxie - Ford
1968 - Corcel - Ford
1968 - Opala - Chevrolet
1969 - VW 1600, Variant, TL - Volkswagen
1969 - Dodge Dart
1969 - Puma GT4R - Puma
1970 - Belina - Ford
1970 - Puma GTE - Puma
1971 - Puma GTS - Puma
1971 - Dodge Charger
1972 - SP1 - SP2 - Volkswagen
1973 - Chevette - Chevrolet
1973 - Maverick (automóvel) - Ford
1974 - Brasília - Volkswagen
1974 - Passat - Volkswagen
1975 - Chevrolet Caravan - Chevrolet
1976 - 147 L - Fiat
1977 - 147 Pick-up - Fiat
1977 - Miúra
1978 - 147 Rallye - Fiat
1979 - Chrysler-Dodge Magnum e Le Baron
1979 - 147 Álcool - Fiat


Fonte: Revista Quarto Rodas Especial, “O carro no Brasil” ano 42/ n° 10, Editora Abril, São Paulo, 2002.

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