22 de dez. de 2011

Cronologia do Automóvel no Brasil

Cronologia do Automóvel no Brasil

Tudo leva a crer segundo alguns historiadores, que a História dos Automóveis no Brasil começa em 1893, com o desembarque no porto de Santos de um automóvel Peugeot Type 3, importado pela Família Santos Dumont, isso mesmo, pela família de Alberto Santos Dumont, o inventor do avião.
Porém o automóvel no Brasil não emplacou logo, pois o 2° automóvel só chegou a São Paulo em 1898, encomendado pela Família Tobias de Aguiar, descendentes do fundador da Polícia Militar Paulista, o Brigadeiro Raphael Tobias de Aguiar.
No Rio de Janeiro, Capital do Brasil na época, o automóvel chegou apenas em 1897, adquirido pelo farmacêutico e jornalista José do Patrocínio.

1893 - Desembarca no porto de Santos o 1° automóvel do Brasil, importado pela Família Santos Dumont, era um automóvel Peugeot Type 3.

1900 - Em São Paulo, o então prefeito Antônio Prado instituiu leis regulamentando o uso do automóvel na cidade, já instituindo uma taxa para esse veículo, assim como era feito com os outros meios de transportes. Henrique Santos Dumont, o pioneiro solicitou ao prefeito, isenção do pagamento da recém instituída taxa alegando o mau estado das ruas. Houve muito bate boca entre os dois e a Prefeitura cassa a sua licença, e também a cobiçada placa "P-1", que acabou parando no carro de Francisco Matarazzo.
Em 1903, tínhamos em São Paulo seis automóveis circulando pela cidade, e a prefeitura tornou obrigatória a inspeção dos veículos, para fornecer uma placa de identificação, que seria obrigatoriamente afixada na parte traseira do "carro". Veja que o prefeito pensava longe, até a velocidade para o veículo já dispunha de regulamentação: ..."Nos lugares estreitos ou onde haja acumulação de pessoas, a velocidade será de um homem a passo. Em nenhum caso a velocidade poderá ultrapassar a 30 Km por hora"
Em 1904, criou-se o exame para motoristas, sendo a primeira carta de habilitação em São Paulo entregue a Menotti Falchi, dono da Fábrica de Chocolates Falchi. Em 1904, São Paulo já tinha 83 veículos. No início, os automóveis era privilégio de uma pequena elite, e causava um inconveniente que acabou gerando uma nova profissão: o "chauffer", palavra importada assim como os primeiros motoristas particulares, era um emprego muito bem remunerado e garantia um excelente tratamento aos seus ocupantes.

1919 - Desembarcava em São Paulo a Ford Motors Company, instalando-se primeiramente num armazém alugado na Rua Florêncio de Abreu, o primeiro projeto era a montagem do famoso modelo T, aqui carinhosamente apelidado de "Ford Bigode", e já no ano seguinte eram montados os primeiros caminhões, obrigando a empresa a procurar um local maior, muda-se então para a Praça da República, num local onde mais tarde funcionaria o Cine República. Em 1922, transfere-se para o Bom Retiro, ficando até 1953, quando se instalou no Ipiranga. Atualmente sua unidade principal, localiza-se no Bairro do Taboão em São Bernardo do Campo (cidade considerada a Detroit brasileira).


Vista da 1° fábrica Ford no Brasil em 1919.

1925 - Chega ao Brasil a General Motors, instalando-se primeiramente num armazém arrendado na Avenida Presidente Wilson, no bairro do Ipiranga São Paulo. Logo de inicio tinha capacidade para montar 25 carros por dia, com grande sucesso as vendas ao término desse mesmo ano, a empresa contabilizava 5.597 veículos vendidos, obrigando a fábrica a aumentar a produção diária para 40 veículos.
Em 1930 a G.M muda para um terreno de 45.000 metros quadrados em São Caetano do Sul - São Paulo, onde permanece até hoje.


1° Automóvel Chevrolet montado no Brasil em 1925.


Marco Histórico, já em 1927
a G.M comemora o seu 25.000 “Chevrolet Brasileiro”.

1950 - Importados pela empresa Brasmotor, chega ao Brasil as primeiras 30 unidades do Fusca (na época, chamado simplesmente de Volkswagen) e algumas Kombis. Visto com certa desconfiança no início, o Fusca logo caiu no gosto do consumidor brasileiro, se tornando em pouco tempo um dos maiores sucesso de vendas do Brasil.


Desembarque dos primeiros automóveis
Volkswagen no Brasil em 1950.

1953 - Aos 23 de março, a Volkswagen inaugura a sua filial brasileira, e como suas concorrentes Ford e G.M, apenas monta os seus veículos, o Fusca e a Kombi, que chegavam ao Brasil desmontados em caixas no sistema C.K.D. Em novembro de 1957 estavam prontas suas instalações no município paulista de São Bernardo do Campo. Com a produção média de oito unidades por dia.


Galpão onde eram montados os primeiros Volkswagen no Brasil

A Nacionalização e formação de uma Indústria Automobilística no Brasil


O primeiro grande impulso para a "Nacionalização e formação de uma Indústria Automobilística no Brasil" foi com o então presidente Getúlio Vargas, á partir de um documento da Subcomissão de Jipes, Tratores, Caminhões e Automóveis, estabelece que os veículos só poderiam entrar no Brasil totalmente desmontados, e sem componentes que já fossem fabricados por aqui. Aí chegamos ao Governo de Juscelino Kubitscheck, com a promessa de realizar “50 anos em 5", delega ao Almirante Lucio Martins Meira (nomeado Ministro da Viação e Obras Públicas) a missão de comandar o "Grupo Executivo da Indústria Automobilística"(GEIA), que estabelece metas e regras para a definitiva "instalação de uma indústria automobilística no Brasil.
O Grupo Executivo da Indústria Automobilística – GEIA –foi criado pelo Decreto 39.412, de 16/06/1956. Esta data é considerada quase unanimemente como o 1º marco histórico da indústria automobilística no Brasil, porque o GEIA realmente viabilizou os esforços, os planos e as iniciativas referentes ao parque automobilístico nacional.
Através do GEIA eram oferecidos estímulos fiscais e cambiais às empresas interessadas, que deveriam se comprometer com a nacionalização dos veículos aqui fabricados. Os caminhões deveriam ter 90% de seu peso total, em componentes nacionais, e os automóveis 95%. Em pouco tempo estas metas foram cumpridas e até superadas.

Na fase de implantação da indústria automobilística nacional, o GEIA recebeu mais de vinte projetos, dos quais apenas dezessete tiveram aprovação e somente doze foram concretizados:

Fábrica Nacional de Motores F.N.M. (caminhões, ônibus e automóveis);
Ford Motor do Brasil S/A (caminhões, automóveis, utilitários e tratores);
General Motors do Brasil S/A (caminhões e automóveis);
International Harvester S/A (caminhões);
Mercedes Benz do Brasil S/A (caminhões e ônibus);
Scania Vabis do Brasil (caminhões e ônibus);
Simca do Brasil (automóveis e camionetas);
Toyota do Brasil S/A (utilitários);
Vemag S/A (automóveis, camionetas e utilitários);
Volkswagen do Brasil S/A (camionetas, furgões e automóveis);
Willys Overland do Brasil (utilitários, camionetas e automóveis) e
Karmann Ghia do Brasil (carrocerias de automóveis).

Embora no final de 1956 tenham sido fabricados alguns veículos, a produção efetiva iniciou-se em 1957. Os dados estatísticos omitem a produção de 1956, computando-a no ano seguinte.

1956 - Saía às ruas o primeiro automóvel fabricado no Brasil, com um índice de nacionalização relativamente elevado: tratava-se da perua DKW. Mas, antes dela, deve-se mencionar o aparecimento da Romi-Isetta, chamado carro-bolha, fabricado pelas Indústrias Romi de Tornos por um breve período.


Linha de produção da Romi-Isetta (1956)


Perua D.K.W (1956)

1957 - A Volkswagen inicia a produção do 1° carro da marca em solo brasileiro, a Kombi. Antes, tanto a Kombi quanto o Fusca era somente montados aqui. Seu nome deriva de “combinado”, isto é, veículo que combina transporte de passageiros e carga. Tinha grande capacidade interna de carga (810 kg, mais tarde elevada, de acordo com os aumentos de potência de seu motor), pequena distância entre eixos, duas amplas portas laterais e uma porta traseira que dava acesso a uma espécie de porta-malas sobre a plataforma do motor.


A Kombi foi o 1° automóvel VW a ser fabricado no Brasil em 1957.

Enquanto isso a Ford lança o seu primeiro caminhão genuinamente “Brasileiro”, o F-600 também em 1957, sendo que logo depois a montadora americana dava início a produção da caminhoneta F- 100, e junto inaugurava o segmento de picapes no Brasil.


Primeiro caminhão Ford dentro do
Plano de Nacionalização (1957).


F- 100, pioneira no segmento das
picapes no Brasil.

1959 - O automóvel nacional tornou-se uma realidade palpável: ele era visto nas ruas e nas estradas, estava nas concessionárias, podia ser adquirido, até mesmo financiado. Neste ano surgiram a perua DKW de linhas renovadas, o sedan DKW, o primeiro Volkswagen 1200, o Simca Chambord, a e o Renault Dauphine. A Simca marca francesa lança o seu Simca Chambord, ele é o pioneiro como fenômeno de marketing no setor automobilístico brasileiro, pois ganha popularidade ao aparecer no 1° seriado da T.V brasileira, o Vigilante Rodoviário. Já a V.W no dia 03/01/1959 lança finalmente o “Fusca” brasileiro, com índice de nacionalização de 54%, era considerado um legítimo automóvel brasileiro. Equipado com motor 1.200 cc em pouco tempo passa a ser o campeão de vendas no Brasil.


Propaganda de 1959 anunciando a
chegada do “Sedan 1200”.

Outros automóveis lançados em 1959;

O Renaut Dauphini

1960 - Nasce o 1° Salão do Automóvel do Brasil, no parque do Ibirapuera em São Paulo, na época no Brasil rodavam 200 mil carros, a Feira vira um sucesso tornando-se a maior do setor.


1° Salão do Automóvel em 1960 no Ibirapuera, São Paulo.

1964 - A Chevrolet lança o C- 1416, que mais tarde passaria a se chamar Veraneio, esse utilitário viria a se tornar o predileto dos policiais, e transformando-se em um símbolo da repressão dos anos 70 onde ganhou o apelido de “camburão”.


C- 1416(Veraneio) em 1964

1966 - O Itamaraty é o primeiro carro de passeio a oferecer o equipamento como opcional no Brasil, um país tropical o ar-condicionado é recebido de braços abertos e de janelas fechadas.


O Itamaraty 1966

1967 - A Ford lança o 1° “carrão” nacional, o Galaxie, ele é considerado o lançamento mais importante do ano. O seu tamanho e o acabamento luxuoso fazem os brasileiros acreditarem que vivem no 1° mundo.


Galaxie, o 1° “carrão” nacional.

1968 - Enquanto a Ford lança o seu “carro jovem”, o Corcel, um carro silencioso, econômico e confortável, que logo cai no gosto do povo, a Chevrolet lança o Opala, com opção de motores de quatro ou seis cilindros, acaba ganhando o apelido de “Opalão” que carregaria até o fim de sua produção em 1992.


Corcel 1968


Linha Opala 1974

1970 - A americana Crysler que havia assumido o controle da Simca no final de 1966, somente em 1970 lança o seu modelo, o Dart, com motor V8, o modelo traz grande avanço no quesito segurança e logo viriam as versões Charger RT e o compacto Polara.


Dodge Dart 1970


Dodge Polara 1980

1973 - Com o intuito de enfrentar o Fusca e o Corcel, a G.M. lança o Chevette, o pequeno carro de linhas modernas e tração traseira cai nas graças do povo e se mantém no mercado durante duas décadas. No mesmo ano de 1973 e após quatro anos que foi lançado no E.U.A a Ford lança o Maverick, a versão G.T, com motor V8 transforma-se no grande sonho de consumo dos adolescentes da época.


Propaganda da época
do Lançamento do Chevette.


Maverick GT 1973 ícone dos adolescentes da época.

1974 - Com suas linhas modernas o Passat passa a ser apontado nas ruas como “o carro mais moderno do Brasil”, status que conservaria por quase uma década.


1976 - A Fiat se instala no Brasil e o seu modelo de lançamento é o Fiat 147, no começo os brasileiros olhavam com certa desconfiança para o carrinho que tinha o “motorzinho de 1050 cm3”. Em 1979, ele é o primeiro carro de série movido a álcool.

1980 - A Volkswagen lança o Gol, o carro tinha a responsabilidade de substituir ao longo dos tempos o Fusca e a Brasília, campeões de vendas da VW, e o Gol acaba dando conta do recado, no ano 2001 vinte e um anos depois do seu lançamento o Gol supera o Fusca em uma ultrapassagem histórica e se torna o carro m,ais vendido na história do Brasil. Até então o Fusca havia vendido 3,5 milhões de unidades.


1990 - Após quatro décadas de restrições, o governo Collor incentiva a volta dos importados reduzindo os impostos, caem as barreiras alfandegárias e o Brasil é literalmente tomado pelos importados, já que nosso ex-presidente achava os nossos carros nacionais verdadeiras "carroças", essa quebra de barreiras, fez com que a indústria brasileira acordasse de um sono letárgico de anos de protecionismo e renova suas linhas, oferecendo lançamentos quase simultâneos de seus produtos mundiais. Neste embalo a fábrica russa LADA começa a exportar seus carros para o Brasil, de modernidade questionável, o modelo Lada marca o retorno em grande escala dos importados ao Brasil. No mesmo ano o governo ainda alegra a indústria automobilística nacional reduzindo o IPI dos modelos com até 1.0 litros e criando o carro popular. O Uno é o primeiro a emplacar, impulsionando o crescimento da Fiat no país, alguns anos após todas as montadoras acabam seguindo a Fiat e lançam os seu modelos populares, a G.M com o Corsa, e a VW com o Gol 1000 são alguns exemplos.

1991 - Mais que um objeto de desejo, o BMW 325 vira um símbolo de status e de bela saúde financeira, reina absoluto entre os mais altos escalões da sociedade brasileira e dá início a virada da nossa indústria automobilística incentivando assim as montadoras a voltarem a investir também em carros grandes e luxuosos.
O Tempra em 1991 com o motor com quatro válvulas por cilindro (16 v), e o Vectra em 1994 são alguns exemplos da “modernidade” que enfim acabava de chegar ao Brasil.




Tempra e Vectra, ícones de sua geração.

Carros nacionais de 1956 à 1979

1956 - Romi-Isetta
1956 - Perua DKW-Vemag
1957 - Kombi - Volkswagen
1957 - Ford F-600 - Ford
1957 - Jeep Willys
1958 - Chevrolet Brasil 3100 - Chevrolet
1958 - Rural Willys
1959 - Fusca - Volkswagen
1959 - Simca Chambord
1960 - Aero Willys
1960 - FNM 2000 JK
1961 - Willys Interlagos
1962 - Karmann Ghia - Volkswagen
1962 - Renault-Willys Gordini
1964 - Chevrolet Veraneio – Chevrolet Pick Up
1964 - GT Malzoni - Lumimari/Puma
1965 - Brasinca GT 4200 Uirapuru
1966 - Puma GT - Puma
1966 - Willys Itamaraty
1967 - Galaxie - Ford
1968 - Corcel - Ford
1968 - Opala - Chevrolet
1969 - VW 1600, Variant, TL - Volkswagen
1969 - Dodge Dart
1969 - Puma GT4R - Puma
1970 - Belina - Ford
1970 - Puma GTE - Puma
1971 - Puma GTS - Puma
1971 - Dodge Charger
1972 - SP1 - SP2 - Volkswagen
1973 - Chevette - Chevrolet
1973 - Maverick (automóvel) - Ford
1974 - Brasília - Volkswagen
1974 - Passat - Volkswagen
1975 - Chevrolet Caravan - Chevrolet
1976 - 147 L - Fiat
1977 - 147 Pick-up - Fiat
1977 - Miúra
1978 - 147 Rallye - Fiat
1979 - Chrysler-Dodge Magnum e Le Baron
1979 - 147 Álcool - Fiat


Fonte: Revista Quarto Rodas Especial, “O carro no Brasil” ano 42/ n° 10, Editora Abril, São Paulo, 2002.

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Top carros mais feios da história

Top carros mais feios da história

AMC: Gremlin

Nunca daria certo um carro com o nome de Gremlin,
uma legítima pérola dos anos loucos de 70.

SsangYong: Rodius

Que o diga este coreano bizarro, cujo acabamento da traseira
ficou indeciso entre hatch e wagon
.

Aston Martin: Lagonda.

Isto não é um truque de photoshop!
É só a caminhonete mais rabuda do mundo!

Sebring-Vanguard: CitiCar

No princípio os carros elétricos não achavam que precisavam ser bonitos...
nem ter o corpo inteiro.

Citroën: 2CV

Carro projetado especialmente para não quebrar ovos nos solavancos
de estradas esburacadas. Porém, a feiura e a semelhança com um pato
não podem ser ignoradas em prol de nobres objetivos.

Peel: P50

Esta preciosidade dos anos 60 detém o recorde de menor carro
já produzido no mundo. Curiosidade sobre a capacidade máxima
de carga: um adulto e uma sacola de supermercado.

Mitsuoka: Microcar MC-1

os nipônicos tinham que comparecer neste festival de bizarrices
com um micro-carro... desta vez dimensionado para suportar um adulto
e DUAS sacolas de supermercado.

Omega Suprema

Para ninguém falar que não falei de veículos brasileiros:
caso você queira errar feio num carro, pegue um automóvel
trambolhoso como o Ômega, transforme-o na caminhonete
mais longa da história do Brasil e o resultado é um rabecão.

Citroën: Ami

O amigucho Ami da Citroën de 1961 tem um rabo extremamente
intrigante, tando que se tornou referência sui generis
na indústria automobilística.

Fiat Multipla

Parece que pegaram o topo de uma minivan e colocaram em cima de um carro comum

Clássico Ford Edsel

Conta com uma traseira inexplicável. Aquilo parece uns banquinhos.
Aliás essa acho que não é a traseira original, mas não faz mal.

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